agosto 02, 2008

o Trem

Pessoas tão tristes atravessam as ruas, será que eles estão mesmo tristes, ou será que sou eu? São Paulo sempre me deixa essa dúvida. Tenho de pegar o trem e rápido.
O trem não chega, mas que aflição, que será que chega primeiro? As consequências dos meus atos ou as consequências dos atos do maquinista? No final das contas todas as consequências existem pois os atos já se tornaram passado e o presente é só o porvir.
Porra, o passado foi péssimo e eu não encontro maneiras de o presente ser diferente. A não ser que algo mágico aconteça ou que tudo acabe aqui. Não posso esperar por nenhuma dessas opções, sería ridículo ou suicída. Então só me resta o mau logrado presente. Fúnebre, triste, decrépito, miserável presente.
Oras, para acabar com este ciclo vicioso é necessário um rompimento, mas é impossível que este seja instântaneo, é necessário que eu me desenvolva, de forma que o rompimento aconteça gradualmente. Porém isto só me leva a crer que serão inúmeros presentes de angústia e dor até algum de riqueza e alegria.
Olha o trem chegou! Quantos presentes afinal terei de passar nessa penumbra?

Nenhum comentário: